quinta-feira, 20 de maio de 2021

O simulacro de poder

A comunicação, nas últimas décadas, tem vindo a configurar-se de uma maneira muito protocolar. É o mesmo que acontece nos Estados Unidos, que é o modelo de sociedade que seguimos. Quanto mais violenta e desbragada é uma sociedade, mais protocolar tem de ser a interação para que não comece tudo aos tiros de um momento para o outro. A comunicação é muito mais pedante. Como as pessoas não têm poder efetivo, investem muito mais no simulacro de poder, que era o que sabíamos durante o fascismo. O poder das pessoas que sentavam as outras nos cinemas, o poder das que tinham a chave da casa de banho.

Luísa Costa Gomes em entrevista ao Jornal i

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