segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

"Não há nada como a juventude."



Pese muito embora o facto de as televisões só terem agora descoberto o filão sensacionalista que constitui a morte solitária dos nossos idosos, e dessa forma toldarem a nossa percepção do fenómeno, o abandono e esquecimento a que no nosso país tem sido votada a terceira idade é uma realidade social de há várias décadas. Não temos tempo para os nossos filhos, deixamo-los nas escolas, os professores que os eduquem que é para isso que pagamos impostos; não temos tempo para os nossos pais, deixamo-los nas suas casas no interior, esquecemo-nos da deserção, da nossa própria deserção desse espaço; deixamo-los nos lares, na cidade não temos espaço, na cidade não há tempo. Deixamo-los - é um facto.

Este filme esteve em meia dúzia de cinemas durante muito pouco tempo. De resto, não fosse ter visto uma publicidade ao mesmo num dos programas da manhã, também me teria passado despercebido. Na realidade, nunca cheguei a ir vê-lo ao cinema, mas comprei-o há tempos na FNAC - encontrou-o o meu namorado primeiro que eu até na secção dos documentários, a minha predilecta. Vale a pena procurar e ver. 

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