sexta-feira, 30 de março de 2012

Do dia - 22

Auto-retrato com orelha ligada (1889), Vincent Van Gogh

A minha mais impressiva recordação de Amesterdão é a do último andar do Museu Van Gogh. É um museu pequenino e  moderno, em frente a um parque  verde e amplo, igual a tantos outros da cidade, mas que por ser o meu primeiro parque holandês, lembro-me de combinar com a amiga que me acompanhava um pique-nique de fim de tarde que acabámos por não fazer. No museu, a obra do pintor é apresentada ao público por andares: cada fase, um andar. No último andar, os quadros são poucos. Quatro, apenas. Nos seus últimos dias no sanatório, Vincent Van Gogh teria, efectivamente, pintado menos.  Lembro-me que o caqui e o castanho-argila, cores que nunca associei ao meu pintor de céus estrelados e girassóis, bateram-me naquele verão em cheio no osso do peito.  

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