quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fernando Assis Pacheco (1-2-1935 - 30-11-1955)

Imagem daqui

No dia em que passam 75 anos sobre o nascimento de Fernando Assis Pacheco é lançado o livro Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco, a biografia desta figura extraordinária da cultura portuguesa, da autoria de Nuno Costa Santos. É no Cinema Nimas, em Lisboa, às 18 horas, a entrada é livre e do programa consta ainda "Saudade Burra de Fernando Assis Pacheco", também da autoria de Nuno Costa Santos, um documentário que espero encontrar em breve à venda, e intervenções de amigos e familiares de Fernando Assis Pacheco. 


As gerações mais novas, em que me incluo, conhecem pouco a personalidade e o génio, Fernando Assis Pacheco, e este desconhecimento é extensível à sua época, uma que ocasionalmente chega até nós em laivos nas conversas com os pais, com os avós, com familiares e os amigos. Até há bem pouco tempo a palavra intervenção tinha caído em desuso. Quis o nosso tempo, a nossa circunstância, que ela fosse revitalizada. Fernando Assis Pacheco é sinónimo de intervenção.  Conhecê-lo é perceber a premência desta nossa recente necessidade. Leia-se esta biografia e com ela a bibliografia activa de Fernando Assis Pacheco, de onde aproveito para reproduzir o seguinte poema:

Toda a epopeia da família cabe aqui
um avô galego chegado a Portugal rapazinho
outro de ao pé de Aveiro que se meteu
num barco para S. Tomé a fazer cacau

de filhos seus nasci
com este pouco de inútil fantasia
nutrida em solidões nas que me vejo
nu como um bacorinho na pocilga

e como ele indefeso e porém quis
mesmo assim ser mais que o animal
no tutano dos ossos pressentido

não peço nada usai o meu nome
se vos praz lembrai-me
o que for costume

mas livrai-vos do luxo e da soberba


Para ler mais Fernando Assis Pacheco, vá aqui.

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