quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Anjo (1998), Paula Rego (1935 - ) 
Não é de agora a desigualdade laboral entre homens e mulheres. Em 1857, um grupo de operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque, que ganhava um terço do salário dos seus colegas homens, convocaram uma greve para reivindicarem a redução do dia de trabalho de 16 para 10 horas. Em resposta à luta, foram trancadas na fábrica e queimadas vivas. 130 morreram. Enquanto dia político, de chamada de atenção para os direitos inalienáveis das mulheres, este dia celebrou-se como Dia Nacional, por iniciativa do Partido Socialista da América, a 28 de Fevereiro de 1909 em Nova Iorque. Mas seria apenas no ano seguinte, em Copenhaga, no encontro da Internacional Socialista, que um Dia da Mulher, de carácter internacional, mas sem data fixa, foi determinado e estabelecido com a finalidade de honrar o(s) movimento(s) pelos direitos da mulher e simultaneamente arranjar apoios para que aquela pudesse ter direito de voto.

Ao longo da história, este dia tem servido de base a vários protestos, pelo que ainda hoje é válida a promoção de uma participação equalitária dos dois géneros no desenvolvimento sustentável, na construção da paz e na luta pelo respeito dos direitos humanos, etc.

Pensamos na mulher assim, há quem a considere assim, entra-nos, mais do que devia, em casa, à hora do jantar, assim, assim e assim. E, vinte segundos depois, assim. A imagem clássica é a modos que assim ou assim e (quase) ninguém sabe o sofrimento e a vida dura de alguém assim. Há caminho feito, é certo, mas o caminho é longo e os andadores são poucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário