domingo, 14 de outubro de 2012

Erik Satie e eu

«Satie comprava um guarda-chuva por dia» - informa Cocteau. De facto, tornou-se lendária a paixão de Satie pelos guarda-chuvas, correndo logo a comprar (mais) um mal recebia algum dinheiro. Helène Jourdan-Morhange: «O guarda-chuva de Satie fazia parte dele próprio. Falava deles a tempo inteiro, perdia-os reencontrava-os. Viram-no, certo dia de tempestade, invectivando os céus e protegendo o guarda-chuva sob o sobretudo.» Poulenc: «À data do falecimento, encontraram no seu quarto uma centena de guarda-chuvas, alguns deles envolvidos ainda no respectivo invólucro.» 

Nota de rodapé, p. 38, de Escritos em forma de grafonola, de Erik Satie. Aqui.

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