sexta-feira, 14 de junho de 2013

Gente gira - 12

Após a chegada de Joyce a Paris, em Junho de 1920, sucedem-se as conferências e traduções das suas obras. Hemingway recorda em Paris É Uma Festa o modo como ele era então considerado. Quase todos os escritores o reverenciaram à excepção de Gertud Stein, que não voltava a convidar quem dele falasse duas vezes, e de Djuna Barnes, a única que não o tratava por Mr. Joyce. A rigidez dos seus hábitos era lendária. Sylvia Beach sabia que ele apareceria na Shakespeare & Company "ao fim da tarde" e Hemingway que o podia ver a jantar no Michaux com a família, às nove horas, numa mesa onde o vinho branco estava banido - essa era uma das variadas superstições de Joyce, sendo a maior dela o medo das trovoadas, que o fazia desatar a correr.


Francisco Vale na Introdução a James Joyce - Cartas a Nora, trad. José Miguel Silva, Relógio d'Água

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