sábado, 14 de abril de 2018

A morte da cidade

Vê-se a morte da cidade no despovoamento; vê-se a morte da cidade na museificação que a torna terra de ninguém para o turismo; vê-se a morte da cidade na sua perda de memória, que é uma crise na relação com o passado; vê-se a morte da cidade quando ela fica inteiramente voltada para a inércia patrimonial dos “bens culturais” (esvaziados de todo o significado histórico) e perdeu completamente de vista o sentido da palavra “habitar”; vê-se a morte da cidade quando ela se sujeitou à homogeneização e ficou conforme a um modelo global, que se repete em todas as cidades europeias (...).
António Guerreiro, A morte da cidade, aqui

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