E se deixassem os meninos sossegados, longe dos bons e dos maus, preto no branco, e lhes explicassem que na guerra não há nunca vencedores, só vencidos? Bem sei que a interferência internacional na generalidade dos sistemas educativos está bem entranhada curricularmente, mas tenham juízo, professores e educadores dos ciclos iniciais do ensino! Não é preciso lerem Heródoto, nem Tucídides, nem sequer o Séneca mais conhecido. Explicar simplesmente que a morte, a destruição e o ódio são uma doença contagiosa. Infectarão todos os envolvidos e os seus descendentes por longo tempo, abrirão feridas, deixarão marcas. Eu não quero cidadãos do futuro implacáveis a separar o bom do mau, a salvar o bom, a matar o mau, eu quero pessoas capazes de compreender os dois lados que todos temos em nós e de perceber a necessidade de erradicação de todo conflito. Não é difícil. Já se fez o mesmo a outras doenças.
Sobre a violência como doença contagiosa, pais, educadores e professores podem ler este artigo e, a partir dele, buscar outras referências.
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